quarta-feira, 20 de maio de 2009

a tempestade está mais calma

dona rosa e essa rua
do nordeste bem quente
estás sempre no frio
estás sempre ausente
quando vou te encontrar
num sorriso contente

quando o sol ta nascente
nascem planejamentos
e se chove atrai
saudades e momentos
foi a terra molhada
que inspirou o lamento

eita mal resolvido
que implica pra sempre
deixa tudo confuso
bem, cuide desde o ventre
pois os passos avante
necessita ta crente

vai na fase crescente
que chegará novidades
deixa tudo bem cheio
vai minguar tempestade
natureza avisa
que tudo é por necessidade

se não fosse o lamento
poeta não saberia
que as rosas falam
e os espinhos assobiam
esses versos guardados
são de minha autoria

tempestade e suas passagem

ainda não entendo
gostaria de saber
porque me acontece
e com todos que vão morrer
é estranho e solitário
o que eu vou lhes dizer

pra você que vai lendo
ou cantando sei lá
o escrito é d'alma
pensamentos de cá
preste bem atenção
chega de blá e blá

como pode assim
causar morte em vida
respirar e doer
com ardente ferida
um desejo comprido
de fases sofrida

nos dias de hoje
é um fator normal
no mundo avançado etc e tal
plantar com enxada
e colher com punhal

adivinhe o que
é parecido com sofrer
a dor que nos ensina
é preciso aprender
eu fico com essa dor
perguntando porque

em segredo eu posso
arrancar um sorriso
do réu e amigo
pois deles preciso
disfaço em festa
interior indeciso

na calada poeta
pois a noite é maestra
de frases sinceras
com toques de destra
sozinha ensaio
sem banda e orquestra

prazer me chamo rosa
mas pode me chamar
de dona rosa rua
eu vim buscar passagens...
conformar-me e levar